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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Sacolas biodegradáveis

Sacolas biodegradáveis salvarão nosso planeta?
02/02/2012  18:50 Seja o primeiro a comentar!

A partir da próxima quarta-feira (25), o consumidor não vai encontrar mais a tradicional sacolinha plástica nos supermercados de São Paulo. Por isso, 37 milhões de pessoas no estado terão de mudar o hábito na hora de levar as compras para casa.

Quando temos essas leis que determinam a mudança do uso de um produto para outro sempre surge aquela desconfiança, será que isso está sendo feito para o bem de nosso planeta ou apenas por interesses de algumas empresas que podem se beneficiar com essas leis?

A prejudicada será a Industria de Sacolas Plásticas, porém há muitas empresas que irão lucrar muito com essa lei.

Bom, explicando um pouco as consequências para o mercado que essa lei trará, logo de cara vemos um superbeneficio para as empresas fabricantes de sacolas biodegradáveis (Pano, Lona, Papelão, Reciclados de papel, etc), assim como as empresas fabricantes de caixas de papelão e fabricantes de cestas em geral, pois com a eliminação das tradicionais sacolas de plásticos, a procura direta por esses produtos irá crescer.

Outra consequência, indireta, é o aumento da demanda por sacos de lixo (plásticos), pois a maioria das pessoas tem o costume de reutilizar as sacolinhas de supermercado na lixeira, e agora com a falta desse produto haverá um aumento da procura pelos sacos de lixo que,  pelo mesmo argumento das sacolas plásticas, não fazem bem ao meio-ambiente. 90% dos brasileiros reutilizam as sacolas plásticas para algum fim e essa mudança fará com que eles adaptem outros produtos para esses fins o que levará lucros para os fabricantes desses novos produtos.

Eu acredito que o problema das sacolas plásticas não está no produto em si e sim na consientização de todos os envolvidos:

Fabricantes de Sacolas Plásticas: Quase nenhum fabricante dessas sacolas as produzem dentro das normas da ABNT, ou seja, sacolas fortes, capazes de sustentar até 6 kg de produtos, que podem ser reutilizadas para diversas funções sem rasgar e sem serem descartadas diretamente na natureza.

Supermercados: Compram sacolas mas finas (fora das normas técnicas) para gastar menos o que faz com que os consumidores coloquem duas, três sacolas para carregar os produtos mais pesados, causando assim o desperdiço dessas sacolinhas.

Consumidores: Falta conscientização, os consumidores descartam as sacolas em qualquer lugar, não respeitam as oportunidades de reciclagem, de coleta seletiva e acabam jogando na rua, nos rios, etc.

Órgãos Públicos: Governos e Prefeituras não são capazes de coletar seletivamente os produtos recicláveis e muito menos de criar campanhas eficazes de conscientização para a população saber lidar com esse problema.



A Solução
Ao invés de criar soluções práticas e objetivas, colocar nas escolas programas sobre sustentabilidade, falar com a população, treinar os profissionais envolvidos, foi preferido eliminar o produto, sem pensar muito nas consequências que essa mudança poderá acarretar e assim privilegiando empresas interessadas nessa nova lei.

Consequências
Pensando rapidamente sobre o que pode acontecer de ruim com a eliminação das sacolinhas plásticas eu vi que o lixo poderá ser um grande problema, pois no tempo em que não existia o saco plástico, mais ou menos na década de 70, o lixo era colocado em tonéis de metal. Creio que as pessoas mais pobres vão fazer isso, pois as novas alternativas não são tão baratas. Nessa época, depois que o caminhão do lixo passava e levava os dejetos e deixava o tonel na calçada, as pessoas precisavam lavá-lo com a mangueira, daí vinha o desperdício da água.
Depois essa água da lavagem ia para o esgoto, que fedia e fazia com que aparecessem ratos, baratas e outras pragas urbanas.

ARGUMENTOS A FAVOR DA NOVA LEI
Veja o que dizem os argumentos de quem é à favor da nova lei:
•    As sacolinhas demoram até 400 anos para desaparecer do planeta
•    Entopem bueiros, sujam a cidade, poluem rios, contaminam o solo e ocupam espaço nos aterros sanitários
•    São responsáveis pela morte de animais por sufocamento
•    Apesar de ser usada para acondicionar lixo dentro de casa, não são apropriadas para receber lixo úmido ou molhado. O ideal é usar sacos para lixo.
•    Se 1 bilhão de sacolas plásticas deixadas de serem produzidas por mês, reduzem 4.500 toneladas de lixo que equivalem ao plantio de 81.000 novas árvores da Mata Atlântica. (não entendi essa relação)

ARGUMENTOS CONTRA A NOVA LEI
Do ponto de vista ambiental, os estudos mostram que as sacolas plásticas são a melhor alternativa em termos de análise de impacto ambiente. Recentemente foi divulgado um estudo em inglês, pela Agencia Ambiental Britânica, que mostrou que de nove categorias ambientais avaliadas, levando em consideração diversas modalidades, como sacolas comuns,
biodegradáveis, oxidodegradável, saco de papel... Dessas nove categorias ambientais avaliadas, as sacolas comuns tiveram vitórias em oito, pois são elas que possuem a menor emissão de CO², que é o gás que provoca o efeito estufa. São essas sacolinhas que consomem menor quantidade de matéria prima para serem fabricadas

A BIODEGRADAÇÃO
A biodegradação seduz muito a população. Mas muitos não sabem o que é essa biodegradação, que é uma matéria que pode ser feita do amido de milho, por exemplo, como também de qualquer matéria orgânica, no qual vem um micro-organismo e come ela. Como já dizia o ditado, “na natureza nada se cria, tudo se transforma”, e assim acontece. O micro-organismo depois de comer, o organismo dele processa e emite gases, que são o CO² ou o metano, que são os gases causadores do efeito estufa. Então, muitos pensam: “a sacola biodegradável some em 18 meses”, que é verdade, mas ela causa uma poluição, que é invisível à população. As sacolas biodegradáveis para não causarem esses males teriam que ser levadas para uma usina de compostagem, que não existe aqui no Brasil.

Tempo de decomposição dos resíduos
Papel: 3 a 6 meses
Jornal: 6 meses
Palito de madeira: 6 meses
Toco de cigarro: 20 meses
Nylon: mais de 30 anos
Chicletes: 5 anos
Pedaços de pano: 6 meses a 1 ano
Fralda descartável comum: 450 anos
Lata e copos de plástico: 50 anos
Lata de aço: 10 anos
Tampas de garrafa: 150 anos
Isopor: 8 anos
Plástico: 100 anos
Garrafa plástica: 400 anos
Pneus: 600 anos
Vidro: 4.000 anos
Fralda descartável biodegradável: 1 ano
Sacolas biodegradáveis: em média 18 meses

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