Pages

Subscribe:

BTN

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

A Cimeira da Terra

A Cimeira da Terra - Rio de Janeiro 1992

A Conferência das Nações Unidas para o Ambiente e Desenvolvimento, comummente designada por Cimeira da Terra, é realizada no Rio de Janeiro em 1992 e constitui um importante evento histórico, que reúne líderes de diversos países do Mundo para discutirem a crise global do ambiente.
Os cenários apresentados eram desoladores: a queima e o abate indiscriminado das florestas tropicais, o aumento tremendo do ritmo da extinção das espécies, o envenenamento do ar, da água, dos solos, o aquecimento global... entre outras, são manifestações de uma crise ambiental, que resultam do potente embate provocado pela civilização no sistema ecológico da terra. Essa crise assenta em três colossais alterações, que resultam da relação do homem com a natureza, com repercussões no futuro do planeta:
- a explosão demográfica (a população cresce, actualmente, o equivalente à população da China, todos os dez anos)
- a revolução científica e tecnológica (aumento da capacidade do homem em manipular a natureza, provocando impactos incalculáveis)
- alteração da relação do homem com o ambiente (assunção de hábitos da vida moderna, sem questionar as suas correspondentes consequências futuras.
A Cimeira ao mesmo tempo que expõe os pontos nevrálgicos da crise ambiental, lança as bases para a alteração das políticas em todo o Mundo, com intuito de travar a destruição do ecossistema do planeta. Deste modo, é elaborado e aprovado um programa global, denominado Agenda 21, que intenta regulamentar o processo de desenvolvimento com base nos princípios da sustentabilidade.
Destaca - o progresso económico futuro depende da implementação de políticas que fomentam a protecção do ambiente e a defesa dos recursos naturais
Para incrementar a reflexão pergunto:
É possível dissolver a relação paradoxal entre desenvolvimento económico e sustentabilidade ecológica?
Proposição da UNIMEIO (Brasil)


Tudo será possível desde que nos fixemos a dois importantes princípios:
- primeiro: mudança radical de pensamentos e condutas por parte daqueles que utilizam-se dos recursos naturais sem se preocuparem com a renovação destes;
- segundo: que comecem efetivamente a acontecer tragédias ambientais com saldo moral gravíssimo para os envolvidos.

No primeiro caso, julgamos que o momento é este – é hoje – pois já estamos próximos do ponto de não retorno. Se houver este despertar que almejamos (e espera o Planeta) cujos resultados sejam ações concretas, eficazes e éticas. Em acontecendo esta reciclagem de idéias e condutas, então será possível revertermos o quadro crítico em que se encontra a vida na Terra.

No segundo caso – mediante um alto custo moral – pode acontecer que os governos decidem assumir de vez a responsabilidade em tomar atitudes rígidas contra os “devastadores ambientais” e puni-los exemplarmente. Hoje, infelizmente, a corrupção nos governos em todo o mundo, as vantagens advindas destas atitudes antiéticas e a defesa dos interesses dos grupos financeiros, não permite que se faça cumprir as poucas leis existentes.

Mesmo assim – que as tragédias movam os governantes – temo que então seja tarde para este despertar. Todos sabem que após chegarmos ao ponto do não retorno, nada mais poderá ser feito (ou pelo menos, não adiantará mais fazer qualquer ação).

Assim ao apresentar nossa proposição, sugiro aos governantes que tomem uma atitude de coragem e grandeza humana, punindo exemplarmente os crimes ambientais.
- Que os governantes deixem de fazer de conta que estão interessados em resolver o problema, quando se sabe que só lhes interessa é o desenvolvimento a qualquer preço, e assumam uma postura ética e de elevada conduta moral;
- Que seja eficaz e ética a fiscalização no cumprimento das leis e que novas determinações sejam tomadas em defesa das condições de vida;
- Que a ONU crie um Tribunal Internacional para julgar e punir com rigor os crimes ambientais, obviamente sem distinção;
- Que os interesses pessoais ou de grupos, deixem de ser prioritários e que passe a vigorar os interesses da maioria e do próprio Planeta;
- Que passe a ser mais concreta a governança ambiental em todo o Planeta, com a participação de cientistas e ambientalistas, nas tomadas de decisão dos governos;
- Que a imprensa deixe de ver apenas as possibilidades comerciais de patrocínios (para seus veículos) e passe a ver a necessidade de juntar-se integralmente nesta luta que é de todos.


0 comentários:

Postar um comentário