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sábado, 29 de outubro de 2011

Aquecimento Global

Planeta tem cinco anos para garantir sobrevivência da Amazônia

Sab, 29 de Outubro de 2011 07:24

Aquecimento global, desflorestamento e queimadas que minam o sistema hidrogeológico colocam em risco a sobrevivência da Amazônia...
 MANAUS - A Amazônia está próxima de não conseguir retornar a sua sobrevivência, devido a uma combinação de fatores que incluem aquecimento global, desflorestamento e queimadas que minam seu sistema hidrogeológico. A advertência feita por Thomas Lovejoy, atualmente professor da George Mason University, no Estado de Virgínia, EUA,  aconteceu no primeiro dia do Simpósio Internacional da Fundação de Pesquisa de Amparo do Estado de São Paulo (Fapesp) Week, em Washington, nesta segunda-feira (24).
O biólogo Lovejoy, um dos mais importantes especialistas em Amazônia do mundo, começou a trabalhar na floresta brasileira em 1965. O cientista alerta que nesses 47 anos surgiram diversos fatores de preocupação. “Quando pisei pela primeira vez em Belém, só havia uma floresta nacional e uma área indígena demarcada e quase nenhum cientista brasileiro se interessava em estudar a Amazônia. Hoje esse situação está totalmente invertida”, ressaltou.
Restam cinco anos
Lovejoy acredita que restam cinco anos para inverter as tendências em tempo de evitar problemas de maior gravidade. O aquecimento da temperatura média do planeta já está na casa de 0,8 grau centígrado. O biólogo acredita que o limite aceitável é de 2 graus centígrados. Segundo o cientista, o limite de aquecimento pode ser alcançado em 2016,  se  nada for feito para efetivamente reduzir o problema.
O objetivo fixado nas mais recentes reuniões sobre o clima em Cancun e Copenhague de limitar o aumento médio da temperatura média global em 2 graus centígrados pode ser insuficiente, na opinião de Lovejoy, devido a essa conjugação de elementos. De forma similar, o cientista crê que 20% de desflorestamento em relação ao tamanho original da Amazônia é o máximo que ela consegue suportar e o atual índice já é de 17% (em 1965, a taxa era de 3%).
A boa notícia, diz o biólogo, é que há bastante terra abandonada, sem nenhuma perspectiva de utilização econômica na Amazônia e que pode ser de alguma forma reflorestada, o que poderia proporcionar certa margem de segurança.
Em sua palestra, Lovejoy saudou vários cientistas brasileiros como exemplares em excelência em suas pesquisas. Entre outros, Eneas Salati, Carlos Nobre e Carlos Joly.

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