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quinta-feira, 16 de junho de 2011

Ameaça de Morte







Qui, 16de Junho de 2011 07:54
Ligações foram feitas para o celular e fixo da CPT na capital
Membros da Comissão Pastoral da Terra (CPT) no Acre receberam no começo deste mês ameaças de morte por telefone. Para a entidade, as ameaças são uma forma de intimidação ao trabalho realizado em áreas de conflito na tríplice divisa do Acre com Amazonas e Rondônia.
Entre os ameaçados estão o agente pastoral Cosme Capstano da Silva, que atua na zona rural de Boca do Acre (AM) e a coordenadora da CPT no Acre, Darlene Braga,
Na primeira ligação, no último dia 3, às 21h, Cosme ouviu o seguinte recado: “Estou ligando para você avisar aos seus amigos da CPT que morreu gente no Pará e em Rondônia e que agora vai ser no Amazonas e no Acre. E é daí por diante”.
Na segunda ligação, feita para a sede da CPT em Rio Branco, o funcionário Célio Lima recebeu a missão de repassar a ameaça aos seus colegas: “Você diga àquele seu amiguinho Cosme lá de Boca do Acre e àquela sua amiguinha Darlene que eles estão na lista”.
Para os dirigentes da comissão, as intimidações são uma forma de impedir o trabalho em defesa de pequenos agricultores nos seringais Macapá e Santo Antônio, localizados na divisa de Rondônia com o Amazonas.
“Essa é uma região muito rica em madeira e minerais, cobiça de grandes madeireiros e fazendeiros. Por ser uma região distante e de pouca presença do Estado acaba virando uma terra sem lei”, diz Darlene Braga.
Na CPT há 20 anos, a ativista afirma que essa foi a primeira ameaça recebida. Mas garante: “O Trabalho da CPT não vai parar por causa de dois ou três telefonemas.” Ela e Cosme vão nesta quinta-feira, 16, protocolar oficialmente denúncia no Ministério Público Federal.
Mortes: Maio e junho têm sido meses sangrentos nos conflitos agrários no Norte. Ao menos 5 mortes ocorreram no Pará e Rondônia. No dia 27, o camponês Adelino Ramos, o Dinho, foi executado em Vista Alegre do Abunã, na divisa do Acre com Rondônia.
Três dias antes, em Nova Ipixuna (PA), o casal José Cláudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo foi morto em uma emboscada no meio da floresta. As mortes levaram o governo federal a intervir na região, criando uma força-tarefa

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